Évora, cidade bem conhecida pelas suas ruas tipicamente alentejanas de casas caiadas e pelos seus monumentos – como o templo de Diana ou a Igreja de São Francisco – que fazem desta quase uma cidade-museu, foi o meu destino mais recente.
O objetivo era chegar à Igreja de São Francisco que compreende a tão conhecida Capela dos Ossos. Mas, antes de aqui chegarmos tivemos tempo, ainda, de visitar as famosas ruínas romanas e de tomar um café bem no centro da cidade.
Agora sim, seguimos caminho e chegamos, por fim, ao objetivo. Em frente ao edifício temos duas entradas possíveis: a da igreja em si e a do núcleo museológico que a complementa.
Este edifício religioso foi construído entre os anos de 1480 e 1510 e a sua história está intimamente relacionada com o período da expansão marítima de Portugal. A igreja, na sua conceção original, continha três naves e foi lugar de cerimónias de grande relevo para o país, como o casamento de D. Pedro I e D. Constança Manuel. Já no século XV, este monumento sofreu alterações, que se mantêm até aos dias de hoje, substituindo-se as três naves inicias por uma única.
Na porta seguinte temos acesso ao museu. Depois de comprarmos os bilhetes começamos a subir as escadas até atingirmos uma sala principal com várias adjacentes, em que, em todas elas, estão expostas peças que, a dado período, fizeram parte do contexto da Igreja de São Francisco. Vemos quadros, instrumentos religiosos que acompanharam as cerimónias e trajes caraterísticos.
Quando acabamos esta visita subimos novamente as escadas e alcançamos um terraço com vista panorâmica sobre todo o centro desta linda cidade. Este dá acesso a mais uma divisão que contém uma exposição de presépios de várias origens bem distintos uns dos outros.
Terminamos com a tão aguardada ida à Capela dos Ossos. Logo à entrada somos recebidos com a famosa frase «Nós Ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos».
Esta capela terá sido construída pelos frades franciscanos com o objetivo de consciencializar as pessoas para a fragilidade da vida humana. Todas as paredes e pilares da sala são cobertas de ossos humanos. É um lugar, sem dúvida, macabro, mas que acaba por fazer qualquer pessoa pensar.
Este é mais um dos exemplos de monumentos do nosso país que merece a visita de todos.
Margarida Martins