Fazer um retiro é renascer

Fátima Lopes // Junho 19, 2018
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Há vinte e dois anos comecei o meu caminho de desenvolvimento pessoal com a minha querida Christiane Águas. Foi  ela que me despertou para a importância de nos conhecermos, de nos escutarmos, de mergulharmos no nosso interior para encontrar respostas. Tinha na altura vinte e sete anos e há muito que me questionava sobre uma série de coisas, para as quais não encontrava respostas satisfatórias.

Sentia uma espécie de vazio, de angústia e de ansiedade, por querer não sei o quê, que me preenchesse.

Experimentei muitas áreas até então desconhecidas, mas não gostei do facto de cultivarem dependências emocionais e psicológicas. Estive sempre muito atenta a tudo o que se apresentava como uma solução, às vezes milagrosa, mas feita pelos outros, com vista ao nosso benefício.

O que eu queria era ser eu a fazer, a mudar, a construir.

Até que um dia, de forma inesperada, conheço a Christiane e aí começou um longo caminho de aprendizagem. Nas consultas falávamos, eu aprendia ferramentas para aplicar na minha vida tendo em conta os meus objectivos e no final, a Christiane usava a energia para me fazer um equilíbrio dos chackras. Recebia um feedback desta chamada cura energética e que se revelava sempre muito útil para compreender o que estava a viver. A Christiane usava múltiplas técnicas: do reiki ao PNL, passando por meditações fantásticas. Nas primeiras formações que ela deu, eu estive lá e também quando finalmente se aventurou a fazer retiros de um fim de semana completo, marquei presença.

Era óptima a sensação de estar ali só por mim e para mim.

Naqueles dias eu era a minha prioridade, a pessoa mais importante da minha vida e o grande desafio era conseguir manter este objectivo, fora dali. Em cada retiro crescia, ganhava mais bagagem, conhecia-me mais e melhor.

Quando a Christiane faleceu, fiquei uns anos sem fazer retiros porque não me identificava com as pessoas que os ministravam. Muitas vezes quando as conhecia, não lhes sentia verdade. A sua energia não colava com a minha e como uma das coisas que aprendi foi a respeitar a minha intuição e não forçar aquilo que não ecoa dentro de mim, simplesmente não ia. Até que conheci a Rute Caldeira.

Percebi logo na primeira consulta, que ela era a tal pessoa que eu procurava para continuar o trabalho que tinha iniciado com a Christiane.

A Rute tem uma dimensão espiritual gigante e é um privilégio sempre que posso fazer um retiro com ela. Durante esses dias, fazemos muitas técnicas e exercícios diferentes, conheço pessoas novas, com realidades e vivências muito diferentes da minha, sou recebida e tratada apenas como a Fátima, criatura à procura de crescer.

Às vezes os retiros são tão intensos, que acontece um salto quântico e sentimos que passamos mesmo para outro patamar da nossa existência. O último que fiz foi em Abril e chamava-se “Dar voz às emoções”.

Foi brutal, simplesmente porque foi libertador!

Dois dias de retiro têm grande parte das vezes, um efeito mais positivo que 15 dias de férias num local paradisíaco. É o melhor investimento que podemos fazer em nós. Haja vontade de crescer, haja necessidade de renascer.

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