Já não é novidade para ninguém que fazer exercício físico regular contribui para uma vida mais saudável. Mas sabia que antes de iniciar alguma actividade deve realizar alguns exames?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de intensidade elevada por semana para adultos.
5 Benefícios da prática regular de exercício físico:
- Aptidão física muscular (óbvia e fisicamente visível) e cardiorrespiratória (aquela capacidade de subir escadas e não ter cansaço ou falta de ar);
- Saúde cardiometabólica – portanto manter a pressão arterial na faixa normal, manter o colesterol LDL e triglicéridos normal, glicose e resistência à insulina – reduzindo a obesidade;
- Saúde óssea – o tecido ósseo tem a capacidade de responder ao exercício. Digamos que o exercício físico de carga provoca um estímulo no tecido ósseo, fazendo com que ele aumente a sua densidade óssea, prevenindo doenças como a osteoporose;
- Resultados cognitivos (melhoria do desempenho escolar);
- Saúde mental (redução dos sintomas de depressão).
Portanto, daqui depreende-se que existem alterações fisiológicas profundas com a prática de exercício físico. Assim, será sempre melhor ter acompanhamento médico, com a respetiva avaliação por meios complementares de diagnóstico.
Porque devemos consultar um médico antes de iniciar a prática de exercício físico?
Uma boa história clínica é sempre necessária. Questionar hábitos alimentares, de sono/vigília, toxifilicos, doenças conhecidas, medicamentos habituais, alergias, etc., faz toda a diferença. Depois disto o exame objetivo onde se avalia parâmetros como o peso, altura, perímetro abdominal e tensão arterial, entre outros aspectos relevantes.
Os exames laboratoriais também são fundamentais, pois podem surgir restrições ao exercício e/ou necessidade de corrigir algo, tal como, por exemplo, em casos de anemia.
Por ter tanta influência na saúde cardiometabólica é também fundamental pedir na avaliação analítica os parâmetros relacionados com a dislipidemia (colesterol HDL e LDL, triglicéridos), glicémia e hemoglobina A1c, ácido úrico e, claro, todos os outros parâmetros, tais como função renal, hepática e coagulação.
Fazer um eletrocardiograma previamente também nos dá uma breve noção se existem alterações do ritmo cardíaco. Isto é fundamental para sabermos qual o ritmo “base”, para se houver uma arritmia súbita, sabermos qual o nosso ponto de partida.
Se houver queixas compatíveis pode ser ainda necessária uma avaliação analítica de função tiroideia. Esta também deve de estar equilibrada e, por vezes, é necessário medicação para tal. É sabido que a prática desportiva pode ser um excelente complemento ao tratamento de problemas da tiróide, podendo mesmo aliviar alguns sintomas.
Posto isto, só me resta dizer: Exercício físico sim! Mas, primeiro exames!