O ser humano é naturalmente motivado, curioso e com uma genuína e espontânea vontade de aprender.
O processo educativo (parental e escolar) e a socialização de que todos vamos sendo alvo, para além de alavancar o nosso crescimento como pessoas, no que respeita ao que se designa por “hard skills” (competências técnicas associadas a uma dada área do saber) e “soft skills” (competências interpessoais, que nunca foram alvo de um processo educativo estruturado, e que se refletem na nossa capacidade de gerir stress, lidar com conflitos, sermos líderes ou liderados, entre tantas outras), muitas vezes, acaba por, de uma forma ou de outra, ir contribuindo igualmente para a existência de pequenos processos de desmotivação (que podem resultar num processo mais profundo de desinvestimento).
Estes processos ou “focos” de desmotivação (para a escola, emprego, desporto ou, simplesmente, sair com amigos), vão-se instalando de forma subtil e gradual, afetando a noção que temos de nós próprios e dos nossos recursos pessoais (logo, a nossa confiança pessoal).
Por esta razão, contribuem fortemente para a nossa “lista interna” de “objetivos impossíveis”… Acabando, inevitavelmente, por condicionar o nosso caminho de “expertise” (mestria), não permitindo que se evolua de forma tão destacada como poderíamos fazer.
A grande questão desta “desmotivação” que se vai instalando é que, para além de sermos fortemente capacitados para encontrar todo o tipo de argumentos para nos auto-convencermos que “até não queremos isto para nós” (concorrer “àquele” emprego, convidar aquela pessoas para sair, seguir uma carreira de músico, etc.) – o que, na realidade, mais não é do que uma brilhante estratégia para não “irmos a jogo” e testarmos as nossas reais capacidades – muito frequentemente, e por se ir instalando devagarinho, nem temos noção de como se “agigantou” dentro de nós.
Ajuda, de vez em quando, irmos fazendo pequenos balanços acerca das nossas escolhas:
– O que me motiva para o dia de amanhã? Para esta semana? Na minha Vida?
– Os “passos” que dei hoje… aproximam-me ou afastam-me dessa realidade?
Ah, é verdade…às vezes, não sabemos o que nos motiva, não é?! 😉
Vamos descobrir?
Ana Ramires
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