Espasmos de choro - Como reagir?

Hugo Rodrigues // Setembro 27, 2019
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Todas as crianças choram e, de um modo geral, isso não acarreta nenhum problema. No entanto, há algumas que param de respirar enquanto choram, originando os chamados espasmos de choro. É uma situação extremamente assustadora para os pais, mas que não origina nenhuma consequência para a saúde da criança.

O que são espasmos de choro e porque surgem?

Os espasmos de choro são, como o próprio nome indica, paragens respiratórias que acontecem apenas enquanto a criança chora. Surgem por imaturidade no controlo da respiração durante o choro, sendo mais frequentes nos primeiros anos de idade.

Quando acontece, a criança fica com um ar assustado, sem respirar e pode ficar com uma coloração mais pálida ou então mais arroxeada. Se for prolongado, pode levar à perda de consciência (desmaio).

Espasmos de choro – O que fazer?

Apesar de ser uma situação que causa uma ansiedade enorme a quem vê, o seu risco é praticamente inexistente para a criança e não necessita de nenhum tipo de tratamento ou intervenção. Na verdade, o que se passa é que o organismo percebe que não está a respirar e o próprio cérebro manda a criança voltar a respirar por si, de forma a repor os níveis de oxigénio e resolvendo naturalmente a situação. 

No entanto, a maior parte dos pais acaba por estimular a criança (abanando-a ou soprando para a cabeça, por exemplo), numa tentativa de a ajudar a voltar a respirar novamente. Tal como referido, é algo desnecessário e que não traz nenhum benefício, mas é compreensível pelo cenário assustador que caracteriza este tipo de situação.

Quando procurar ajuda médica?

Os espasmos de choro são situações benignas e que se resolvem com o crescimento e desenvolvimento da criança. No entanto, há alguns casos que implicam uma avaliação médica para excluir outros problemas, particularmente se:

  • A situação surgir sem estar associada ao choro – Por definição, este quadro deve-se a um desequilíbrio entre a respiração e o choro, pelo que se não houver esta associação trata-se de algo diferente;
  • A criança ficar sonolenta posteriormente – Quando a criança volta a respirar por si, recupera completamente o seu estado de consciência, motivo pelo qual deve sempre haver uma observação médica se isso não acontecer;
  • A duração for superior a 2-3 minutos – Este tipo de situação dura alguns segundos ou, no máximo, poucos minutos até resolver. Por isso, se a duração for superior a 2-3 minutos, trata-se de algo atípico, que exige um esclarecimento adicional.

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