Este texto tem para mim, um valor especial. Todos eles são escritos com carinho e dedicação, mas este toca numa experiência que vivo na primeira pessoa e que posso, a partir daí, ajudar as mulheres que vivam o mesmo, a encarar a patologia de uma forma mais positiva.
Acredito de coração que tudo é reversível, mas é preciso que exista dedicação, disciplina e muito amor de nós para nós mesmas. Embora ainda não exista explicação para a endometriose, acredita-se que o stress é uma das razões por trás do seu aparecimento. Para além do stress, eu acredito profundamente, que a alimentação é sem dúvida alguma, um dos factores de peso no aparecimento da doença.
Sofri na própria pele os efeitos violentos que a endometriose traz a uma mulher – dores insuportáveis ao ponto de desmaiar, falta de energia, cansaço extremo, inchaço, cólicas, prisão de ventre, dores durante o ato sexual.
Precisamente por experienciar uma vida de falta de saúde, escolhi com muita determinação uma vida em que pudesse existir bem-estar, energia e vitalidade. Assim sendo e depois de muitos estudos, mudei radicalmente a minha alimentação, deixei de parte a carne, o glúten, os açúcares, as comidas processadas, trocando por uma dieta macrobiótica, rica em frutas, legumes, cereais integrais (arroz integral, millet, quinoa, cevada, aveia) com o cuidado de ser tudo biológico. Para além disso, foi a partir da experiência de dor aguda e sofrimento constante, que iniciei a prática de meditação e yoga. Com estas alcancei tranquilidade e a compreensão da razão que levou o meu corpo para aquele estado, bem como o aumento de alegria, vivacidade e equilíbrio.
Sou a prova viva de que nós somos o que comemos e o que pensamos, pois a partir de uma mudança radical do meu estilo de vida, eu consegui o retrocesso da doença (comprovado nos exames médicos), obtendo energia, vitalidade e acima de tudo, uma vida normal. Quem tem endometriose, sabe do que falo, uma vez que a partir da doença acabamos limitadas pela dor, pela falta de energia, pelo extremo cansaço e falta de ânimo para concluir até tarefas normais e simples.
A nutricionista Maria Santana Lopes, teve o cuidado de escrever um artigo onde deixa indicações sobre a alimentação mais correcta para estes casos clínicos.
Rute Caldeira
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