As “famosas” dores de crescimento são um tema um pouco controverso, mas que causa alguma ansiedade aos pais. Ninguém sabe muito bem porque surgem e até há quem duvide da sua existência, mas o certo é que há muitas crianças que se queixam de dores que se enquadram nesta situação, pelo que é importante tentar esclarecer alguns aspectos sobre elas.
O que são as dores de crescimento?
De um modo geral, as dores de crescimento têm manifestações mais ou menos típicas, sendo mais frequentes as seguintes:
- Dores localizadas abaixo do joelho, mal definidas e, muitas vezes, com atingimento de ambas as pernas;
- Dores que surgem habitualmente ao fim da tarde e à noite, podendo inclusivamente acordar a criança do sono.
São mais frequentes a partir dos 3 anos, embora essa idade seja variável, sendo que também pode variar de criança para criança
O que fazer nessas situações?
Tal como escrevi acima, não se sabe muito bem o que provoca estas dores, nem se elas são efectivamente causadas pelo crescimento. Existem algumas teorias que tentam justificá-las, mas não existe certeza de nenhuma delas. No entanto, há dois conselhos importantes para seguir quando surgem:
- Deve massajar o local, esfregando a pele suavemente;
- Pode dar paracetamol ou ibuprofeno, para aliviar a dor (habitualmente a resposta é muito rápida, em menos de 30 minutos).
Na grande maioria de casos, bastam estas duas medidas para ajudar a resolver a situação, não sendo necessário tomar mais nenhuma atitude.
Quando devo levar o meu filho ao médico?
Tal como para a maioria das situações, também para as dores nas pernas existem os chamados sinais de alarme, ou seja, manifestações que, quando surgem, implicam uma observação médica para melhor esclarecimento da situação. Nestes casos, os principais são os seguintes:
- Dores que acordam a criança durante a noite;
- Dores que surgem sempre só numa das pernas;
- Dores muito localizadas, em locais específicos das pernas, que a criança consegue identificar facilmente;
- Dores que surgem também durante o dia;
- Dores que interferem com as actividades diárias da criança, particularmente se a impedirem de brincar;
- Associação a outros sintomas, nomeadamente mal-estar generalizado, falta de apetite, emagrecimento, aumento da transpiração durante a noite e/ou cansaço fácil.
É importante esclarecer que a presença de um destes sinais de alarme não significa, por si só, que se trata de uma situação grave ou preocupante. No entanto, quer dizer que a situação precisa de ser mais bem esclarecida, motivo pelo qual se justifica levar o seu filho a uma consulta médica se apresentar alguma dessas manifestações.