Descobrir o Mosteiro da Batalha

Margarida Martins // Abril 19, 2017
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Para o Dia Internacional dos Monumentos e dos Sítios decidi escrever sobre um dos monumentos que mais gostei de visitar.

Devo ter lá ido com sete, oito anos, mas lembro-me, perfeitamente de ter adorado. Fui com o meu pai, enquanto a minha mãe visitava uma feira.

O meu pai sempre teve o dom de me cativar, desde bem cedo, para a cultura. Sabia, perfeitamente, como tornar aquelas construções enormes, num conto de fadas e contava cada pormenor como se fosse a melhor história que já tinha ouvido.

Seja graças às histórias do meu pai, seja graças ao monumento incrível que efetivamente é, a verdade é que as memórias que tenho desta viagem são incríveis e por isso, só me fazia sentido escrever acerca deste lugar.

 

Este Mosteiro tem a sua origem numa promessa do rei D. João I, em agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota, em 1385. Foi esta conquista que assegurou a independência de Portugal e o trono a este rei.
As obras duraram mais de 150 anos e atravessaram vários reinados. É, por esta razão, que encontramos traços de variados estilos arquitetónicos, na construção.

Foi doado à ordem de S. Domingos e esteve na sua posse até 1834.

Em 2007 foi considerado património da Humanidade pela UNESCO.

Apesar de não me lembrar de tudo o que visitei, sei que o que mais me impressionou na altura, foi sem dúvida, a Capela do Fundador, criada com o intuito de ser uma espécie de panteão para a linhagem de D. João. Nesta zona, encontramos uma homenagem a D.João I e D. Filipa de Lencastre.

A capela é um espaço muito amplo, todo em pedra, encimado por uma maravilhosa abóbada, que está repleto de túmulos das personagens da época, mais marcantes do nosso país. Lembro-me, perfeitamente do meu pai ter feito questão de me enquadrar cada um dos reis e de me contar a sua história, tornando os túmulos sem interesse, em pessoas de verdade, cujas vidas não podiam deixar de fazer lembrar as dos príncipes e princesas dos contos.

O Mosteiro é, sem dúvida, de cortar a respiração e deixa qualquer um boquiaberto pela sua arquitetura, elegância e escala. Todo o edifício é detalhadamente pensado e merece ser visto em pormenor. A visita deve fazer-se com tempo para apreciar esta magnífica empreitada, desde o pórtico da entrada principal, aos vitrais coloridos que compõem as janelas.

Aconselho, desde já, que a visita seja feita num dia de sol para apreciarem devidamente a magnífica luz que, nesses dias, preenche as Capelas Imperfeitas.

Este é um dos locais históricos dos quais tenho melhor memória e que considero dos mais magníficos monumentos de Portugal.

Margarida Martins

 

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