Depilação a laser: sim ou não?

Leonor Girão // Novembro 19, 2020
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depilação a laser
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Nos últimos 20 anos tem vindo a crescer a procura pela depilação a laser. Na realidade, devemos antes dizer que tem vindo a crescer o desejo de eliminar os pêlos do corpo. E, para esse efeito, a depilação a laser é, sem dúvida, a técnica de eleição, por excelência. Senão, vejamos: é uma técnica segura, eficaz, limpa e duradoura.

Como funciona a depilação a laser?

O objectivo é destruir o pêlo ao nível do folículo piloso, portanto ao nível da derme (“dentro” da pele), sem prejudicar ou lesar a epiderme (a camada superficial da pele). Para isso os equipamentos laser (máquinas) vão emitir um feixe de luz com uma determinada energia. Essa energia tem de ser selectiva; Isto é, capaz de destruir o pêlo sem lesar as estruturas à volta, sendo para tal dirigida a um alvo – a melanina, o pigmento do pêlo. Por isso é que a pele não deve ser muito escura ou bronzeada – pode “confundir” a energia da máquina que passa a ser absorvida quer pela melanina do pêlo quer pela melanina da pele, provocando queimaduras. Também por isso, se o pêlo for branco, sem pigmento, é muito difícil eliminá-lo com os equipamentos actuais.

É prudente não fazer depilação a laser na pele bronzeada muito embora os equipamentos laser sejam cada vez mais potentes e sofisticados conseguindo alguns deles eliminar já os pêlos mesmo em pele escura.

E a depilação a laser é mesmo definitiva?

Os pêlos têm um ciclo com 3 fases: crescimento, repouso e queda. Em cada sessão só os pêlos que estão em fase de crescimento, com a raiz “agarrada” à papila folicular, são destruídos definitivamente; os outros são só danificados. Por isso são necessárias várias sessões espaçadas de pelo menos 1 mês, para dar tempo a que os outros pêlos voltem a entrar em fase de crescimento.

Com o número adequado de sessões (6 a 8 sessões) há uma redução bastante acentuada do número de pêlos e que é duradoura. No entanto, há pêlos que não são destruídos (brancos, louro claro, por exemplo), outros que são resistentes à destruição a laser e também existem condições hormonais que podem estimular o crescimento dos pêlos diminuindo consideravelmente a eficácia da depilação a laser. É habitual ser necessário fazer algumas sessões de reforço da depilação ao longo dos anos.

Depilação a laser sim

É um método prático, fácil de executar, aplicável nas diferentes áreas corporais incluindo a face, pouco doloroso (com os equipamentos mais modernos), seguro (se executado por profissionais treinados e com equipamentos laser de última geração), eficaz e (quase) definitivo. É a técnica de depilação de 1.ª escolha em várias situações clínicas dermatológicas como nas foliculites e pseudofoliculites e sempre que há tendência a ter pêlos encravados.

Depilação a laser não (contra-indicações)

Sempre que há infeções, feridas ou tatuagens no local a depilar, a depilação a laser está contra-indicada. Doenças em que há um aumento da sensibilidade à luz (como o lúpus) ou medicamentos fotossensibilizantes (alguns antibióticos, por exemplo) também podem ser um impedimento à depilação a laser. Pêlos brancos e finos em geral não são eliminados. A adolescência e puberdade não constitui contra-indicação muito embora a eficácia esteja comprometida pelo estímulo hormonal inerente a essa fase da vida (estimula o crescimento dos pêlos).

É prejudicial fazer depilação a laser?

Na maior parte dos locais com pêlos é unicamente uma questão estética e portanto uma escolha pessoal. Mas, atenção, já o caso da depilação total da região púbica e genital é diferente. Vários estudos demonstram que a ausência total dos pêlos favorece a transmissão das doenças sexuais transmissíveis como o herpes, sífilis e os condilomas.

Agora que já sabe como se processa a depilação a laser, quais as suas vantagens e desvantagens, não siga simplesmente as “modas”. Pense e decida.

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