Crianças confiantes, crianças capazes

Inês Afonso Marques // Agosto 4, 2021
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“Crianças confiantes, crianças capazes” é um livro para reflectir sobre como a superproteção dos pais está a limitar o crescimento dos filhos.

Não é suposto não fazer nada pelo seu filho. O que não é suposto é fazer tudo por ele. E porquê? Porque corre o risco de balizar a educação do seu filho num processo de proteção excessivo ao ponto de ele no futuro não conseguir ser independente, podendo experienciar dificuldades posteriores. Sabia que uma criança que cresce “filha da superproteção”, no futuro, terá maior dificuldade em gerir o seu tempo, as suas tarefas e as suas relações? Mas não ficamos por aqui, nas vulnerabilidades que a superproteção esconde. No futuro, estas crianças tendem a ser mais dependentes, com menor competência para tomar decisões, mais inseguras, com menor capacidade para gerir as suas emoções, menos resilientes.

Como pôr em prática, de uma forma ajustada, uma proteção saudável e desejável?

Percebendo que a superproteção nasce de algo genuinamente valioso – a vontade dos pais proporcionarem o melhor aos filhos – mas constatando que, muitas vezes, os pais sentem dificuldade em pôr em prática, de uma forma ajustada, uma proteção saudável e desejável, surgiu a vontade de escrever o livro “Crianças confiantes, crianças capazes. Como a superproteção dos pais está a limitar o crescimento dos filhos”.

Crianças confiantes, crianças capazes

Neste livro terá oportunidade de:

  • Refletir sobre como anda calibrada a sua bússola da parentalidade;
  • Perceber como é urgente fazer stop à superproteção, conhecendo as vulnerabilidades que ela esconde;
  • Descobrir novos caminhos para ajudar o seu filho a crescer realizado, resiliente, capaz e feliz; descobrir como potenciar a competência, a autoeficácia, a conexão, o autoconhecimento, a inteligência emocional. 

Sei que uma imagem mental em que dá mais espaço ao seu filho para ele poder explorar o mundo e desenvolver importantes competências (emocionais, sociais, cognitivas e motoras) que o ajudarão a ser, no futuro, uma pessoa mais realizada, resiliente e feliz, o podem deixar a si em desassossego. É habitual os pais partilharem comigo o receio de que os filhos sejam rejeitados, de que se sintam incapazes, de que errem, de que fiquem tristes, de que tenham maus resultados escolares… Contudo, é importante compreender que os seus receios o podem fazer adotar um estilo super protetor, com dificuldade em dosear a sua presença, a sua ajuda, a sua interferência. Por isso, partilho consigo um dos exercícios que proponho no livro.

Exercício de reflexão: “Carta aos Medos”

Sendo o medo experienciado pelos pais um dos principais gatilhos à superproteção, convido-o/a a pegar numa caneta e em várias folhas de papel e a escrever uma carta ao(s) medo(s) que o/a acompanha(m) na caminhada da parentalidade.

  • O que lhe diz esse medo?
  • O que o faz pensar?
  • Que forma tem ele?
  • Onde o sente no seu corpo?
  • O que lhe quer dizer?
  • O que precisa de lhe pedir?

Deixe a escrita fluir, expressando tudo o que lhe ocorra a propósito dos receios que associa à parentalidade.

A função dos pais é proteger os filhos. Que não haja dúvidas quanto a isso. Nem quanto ao facto da superproteção não ser uma forma ajustada de proteção. No final da leitura do livro “Crianças Confiantes, Crianças Capazes”, acredito que se sentirá um pai/uma mãe com maior consciência e intencionalidade, mais tranquilo e confiante.

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