A compulsão alimentar é considerada um transtorno alimentar e segundo a Associação Americana de Psiquiatria, afeta 2 a 4% da população.
A compulsão alimentar está associada à ansiedade e depressão, mas nem sempre é um fator determinante. Às vezes, basta uma pessoa chegar do trabalho, estar com os filhos, a fazer o jantar, a descomprimir e começa a comer porque está a descarregar o stress acumulado ao longo do dia, mesmo que não se esteja a aperceber disso.
Os principais sintomas de quem sofre de compulsão alimentar são: comer muito, mesmo sem ter fome, engolir de uma só vez, escolher alimentos calóricos (bolachas, pipocas, pizzas, chocolates), mas não necessariamente. Às vezes também existe compulsão por alimentos que se estão a cozinhar para a família.
A emoção rege o ato da compulsão, ou seja, quando uma pessoa está triste, stressada, alegre, existe um episódio de compulsão alimentar e depois normalmente vem o sentimento de culpa, mais stress, mais depressão, mais ansiedade… enfim, uma bola de neve.
O stress é um aglomerado de reações fisiológicas, que em excesso leva a desequilíbrios no organismo. E a reação das pessoas ao stress não é mais do que uma resposta biológica necessária para a adaptação a novas situações e comportamentos, nem sempre benéficos para a saúde.
O Dr. José Fernando Santos, Médico de Medicina Geral e Familiar presente aqui na plataforma, irá explicar-vos melhor estas reações e mecanismos de adaptação ao stress. Mas quando o stress se instala nas pessoas que já tem uma propensão para a compulsão alimentar, é quase certo que a alimentação se torne um escape. Hoje em dia é comum as pessoas serem expostas a stress diário e como consequência, a ingestão compulsiva de alimentos, não só agrava esse stress, como a saúde em geral, levando ao desenvolvimento da obesidade, hipertensão, diabetes e outro tipo de doenças.
A Rute Caldeira, nossa especialista em Desenvolvimento Espiritual, também vai falar sobre o stress e de como fazer para o prevenir e tratar através da meditação. Estejam atentos porque as sugestões são ótimas!
Quanto à parte alimentar, a melhor maneira de prevenir é fazer várias refeições ao longo do dia, para não ter fome e tentar que a comida não seja um escape. Para as alturas mais stressantes uma dica essencial é nunca ter em casa alimentos que sejam mais propícios a que os coma nos episódios de compulsão. Falo de chocolates, bolachas, batatas fritas, refrigerantes, aperitivos, frutos secos… Se o nosso frigorífico/despensa estiver recheado de legumes, frutas, laticínios, grãos integrais, mesmo que estejamos à beira de um episódio de compulsão alimentar, os estragos nunca vão ser muito grandes e vamos aprendendo a ter autocontrolo. Outra estratégia que ajuda algumas pessoas, é fazer um diário alimentar, visto que, às vezes não nos apercebemos dos alimentos e das quantidades que ingerimos.
Devemos comer para saciar a fome física, mas não a emocional!
Por fim, mas não menos importante, penso que é a prática de atividade física regularmente. Ajuda a melhorar o humor, aliviar o stress, manter o peso e diminuir o apetite.
Maria Santana Lopes
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