Desde da sua chegada que o vírus Sars-CoV-2 tem causado imensos sintomas, patologias associadas e mortes. Todo um cenário para o qual não estávamos preparados a nível de resposta terapêutica. Desde casos muito graves até aos mais leves, neste momento todos têm ou vão ter diminuição da capacidade funcional, como complicações físicas, cognitivas e emocionais. Estamos a falar da Síndrome pós-COVID-19, uma doença multi-sistémica crónica.
Os doentes pós-COVID-19 podem ficar com sintomas durante vários meses após a infeção. Segundo um grupo de pesquisa brasileiro, existem mais de 210 sintomas diferentes.
Alguns sintomas apresentados por pessoas que tiveram COVID-19:
- Fadiga;
- Dispneia;
- Cefaleia;
- Mialgia;
- Queda de Cabelo;
- Alterações cutâneas;
- Tosse;
- Vertigens;
- Cansaço após o exercício físico;
- Dificuldades de linguagem, concentração, raciocínio e memória;
- Distúrbios do sono;
- Depressão;
- Ansiedade.
O que fazer?
Qualquer situação de saúde, principalmente algo novo, ainda muito desconhecido e em processo de estudo, tem de ter acompanhamento médico para se monitorizar a evolução dos sintomas e estar alerta em relação a qualquer alteração.
Além desse acompanhamento, é importante algumas alterações a nível alimentar. A introdução de alguns suplementos para aumentar as defesas do corpo também pode ser algo a ter em atenção, mais uma vez, sempre com o acompanhamento de um profissional da área.
A prática de alguma atividade física também é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “As novas diretrizes da OMS recomendam pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para todos os adultos, incluindo quem vive com doenças crónicas ou incapacidade, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.” (Novembro de 2020)
A prática de exercício físico é essencial para aumentar o sistema imunitário. Mas, tendo em conta os sintomas muito específicos que a COVID-19 tem causado, principalmente a nível respiratório, qual será o exercício mais adequado a retomar?
Como mexer o corpo depois de ter tido COVID-19?
Devido às respostas inflamatórias sistémicas, a produção excessiva de ácido hialurônico, citocinas, quimiocinas e proteínas reativas densificam e desidratam os tecidos provocando uma redução de deslizamento entre eles.
Nas pessoas que morreram de COVID-19 foi encontrado cerca de mais de 20% de ácido hialurônico nos pulmões do que aquilo que é normal num pulmão, o que provoca imensos danos no tecido conjuntivo.
Fascial Fitness no apoio pós-COVID-19
Trabalhar com a Fáscia tem como objetivo ganhar qualidade de vida melhorando a capacidade funcional e o sistema cardiovascular.
O movimento é uma forma de tratamento não farmacológica que vai ter como benefícios:
- Aumento do sistema imunitário – Os canais linfáticos percorrem a Fáscia que bem hidratada, permite à linfa mover-se com facilidade permitindo às células combater as infecções e reduzir os processos inflamatórios;
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- Promover adaptações metabólicas e funcionais neutralizando ambientes inflamatórios;
- Melhorar a saúde cardiovascular e o consumo de oxigénio;
- Melhorar a capacidade pulmonar;
- Fortalecer;
- Prevenir sarcopenia;
- Controlar o humor nos casos de depressão, assim como a redução do stress psicológico.
Em casos de pós-COVID-19, os exercícios devem ser individualizados, para se monitorizar a evolução, tendo em conta os sintomas de cada pessoa. Mas, existem algumas contraindicações, tais como: febres, a frequência cardíaca em repouso, a saturação do oxigénio, arritmia, etc.. Por isso, é muito importante não fazer atividades em grupo ou sozinho sem o devido acompanhamento.
Cada um sabe aquilo que sente.
É importante procurar ajuda e tirar dúvidas. Ouvir e sentir o nosso próprio corpo. Fazer essa conexão é o bem mais precioso que temos. Nas minhas aulas, costumo dizer que “cada um sabe o que sente”. Os profissionais de saúde, terapeutas existem para nos apoiar, mas a solução está em nós.