Como manter a sanidade mental perante as adversidades e momentos mais desafiantes?

Ana Caetano // Janeiro 25, 2023
Partilhar
mental
mental

Jonah  Hill precisou de fazer terapia e encontrou o terapeuta Phil Stutz. O resultado é um documentário de 96 min em que há uma inversão de papéis sobre quem faz as perguntas a quem. Quase todos os terapeutas, de várias nacionalidades gostaram, e quem faz terapia em vários países também gostou de ver que não é o único a procurá-la. Uma das ferramentas de Stutz é dizer verdades óbvias que precisam de ser lembradas, como, por exemplo, “Dor, Incerteza e Trabalho Constante” são dados adquiridos na existência humana. Assim, como manter a saúde mental perante a adversidade?

No trabalho de Stutz pode encontrar algumas ferramentas que, inclusive, ele passou a escrito. Mas vou atrever-me a apresentar as ferramentas que mais sentido fazem no contexto da realidade portuguesa. Partilhamos muitas coisas como seres humanos, no entanto é inegável que a cultura acrescenta especificidades.

Sobre aceitação e resignação:

O nosso país apresenta taxas elevadíssimas de perturbações na saúde mental, é incontornável, e isso precisa de ser aceite por nós: como povo, temos uma fragilidade que pode ter contornos genéticos e/ou contextuais. Ao aceitarmos que temos esta fragilidade não podemos resignar-nos e simplesmente deixarmo-nos ir. Precisamos de pôr em prática as estratégias que são veiculadas em diversas publicações e por vários autores. Precisamos de fazer isso também pelas gerações futuras, que são modeladas por nós. Para isso precisamos de ação e “não deixar para amanhã o que se podia fazer hoje”.

Sobre agir ou reagir:

Agir implica tomar a iniciativa, que por sua vez envolve adotar comportamentos de prevenção. Para agir temos de ter energia para o fazer. Caso nos deixemos andar, entraremos na situação de reagir ao que acontece, ou “correr atrás do prejuízo”

O que é curioso é ver como uma coisa pode levar à outra: deixamos andar, aceitamos que nada podemos fazer, exercitamos pouco a assertividade, até acreditarmos que não há nada ao nosso alcance para mudar… E este ciclo em repetição mina a autoconfiança, entregamo-nos a um discurso autoreferente negativo que leva à depressão. Chegados à depressão, à falta de vitalidade, tudo parece ser um esforço gigantesco… ainda podemos mudar o nosso rumo, mas com esforço ainda maior.

Não deixe para amanhã a vida que pode viver hoje…a inércia sai cara.

“É p’ra amanhã

Bem podias fazer hoje

Porque amanhã sei que voltas a adiar

E tu bem sabes como o tempo foge

Mas nada fazes para o agarrar

Foi mais um dia e tu nada fizeste

Um dia a mais tu pensas que não faz mal

Vem outro dia e tudo se repete

E vais deixando ficar tudo igual

É p’ra amanhã

Bem podias viver hoje

Porque amanhã quem sabe se vais cá estar

Ai tu bem sabes como a vida foge

Mesmo de quem diz que está p’ra durar

Foi mais um dia e tu nada viveste

Deixas passar os dias sempre iguais

Quando pensares no tempo que perdeste

Então tu queres mas é tarde demais

É p’ra amanhã

Deixa lá não faças hoje

Porque amanhã tudo se há de arranjar

Ai tu bem sabes que o trabalho foge

Mesmo de quem diz que quer trabalhar

Eu sei que tu andas a procurar

Esse lugar que acerte bem contigo

Do que aparece tu não consegues gostar

E do que gostas já está preenchido

É p’ra amanhã

Bem podias fazer hoje

Porque amanhã sei que voltas a adiar

Ai tu bem sabes como o tempo foge

Mas nada fazes para o agarrar

É p’ra amanhã

Bem podias viver hoje

Porque amanhã quem sabe se vais cá estar

Ai tu bem sabes como a vida foge

Mesmo que penses que esta p’ra durar

É p’ra amanhã

Deixa lá não faças hoje

Porque amanhã tudo se há de arranjar

Ai tu bem sabes que o trabalho foge

Mesmo de quem diz que quer trabalhar”

Fonte: LyricFind
Compositor: António Variações

Ler mais

Social Media

Copyright © 2023 Simply Flow. Todos os direitos reservados.

Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência. Aceitar Saber mais