Como eu nasci na televisão

Fátima Lopes // Novembro 21, 2018
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Hoje é o Dia da Televisão e, por isso, lembrei-me, em jeito de homenagem, de recordar como vim parar a este mundo mágico.

Como tudo começou… 

Quando estava na faculdade, a tirar o curso de Comunicação Social, tive algumas disciplinas ligadas à televisão. Gostei muito, mas aquilo que achava mais desafiante era estar à frente de uma câmera. Não me atrevi a sonhar com uma oportunidade nessa área, porque achava que não tinha cara para aparecer no ecrã. Não que me achasse feia, mas, sim, porque para mim, quem aparecia na caixinha mágica, tinha de ter algo especial. Só havia a RTP em Portugal, o mercado de trabalho era muito restrito e na minha cabeça de então, quem era eu para me destacar entre tantas outras candidatas. Esta análise levou-me a desistir da área da televisão e a escolher a especialização em Marketing e Publicidade. Honestamente não me arrependo, porque acabei por me apaixonar por esta área e ainda hoje trabalho nela com várias empresas.

Anos mais tarde, quando trabalhava como Account Manager numa empresa, a SIC fica na minha carteira de clientes. Era o cliente maior da empresa e aquele que mais me desafiava. Passei a ir à SIC diariamente ter reuniões com os diretores e falar com os produtores e apresentadores. Assisti a muitos programas nas régies e sentia-me fascinada por aquele mundo, onde ainda havia tanto para fazer.

O dom de comunicar.

A chegada das televisões privadas, provocou uma revolução e trouxe uma adrenalina brutal. Emídio Rangel foi sempre um visionário, um pioneiro, um homem destemido, sem medos que arriscava todos os dias. Eu sou a prova disso é só nasço na televisão, porque o Emídio Rangel, homem forte da SIC, viu em mim aquilo que mais ninguém viu. Ele achava que eu tinha o dom de comunicar. Como é que ele viu isso? É a pergunta que ficou por responder, tendo em conta que tivemos apenas algumas reuniões.

A televisão, uma paixão.

Ao segundo formato que apresentei, o “All You Need is Love”, já tinha a certeza que era isto que queria fazer na vida. Tinha encontrado a minha paixão profissional, aos 25 anos. Nunca me arrependi da escolha que fiz.

Hoje a televisão mudou muito, mas felizmente continuo apaixonada por ela. Já não tem tantos segredos, mas continua a ter o mesmo poder de tocar corações e unir as pessoas. Para o ano celebro 25 anos de televisão e estou-lhe muito grata por tudo o que me tem dado.

Nota: Fotografia por Verónica Silva.

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