As áreas que uso para olhar este Corpo Espiritual
– História
– Inspiração
– Meditação
– Treino
“Agora é que a porca torce o rabo”. Desculpem-me este início de conversa, mas é isso que sinto quando a maioria dos “gurus” abordam esta temática. Uma grande maioria deles vende “gato por lebre”, religião por espiritualidade.
O modo como vejo este assunto, leva-me a concluir que estou perante um grande mal entendido, quando esta dimensão do nosso corpo é abordada e todos os assuntos a ela ligados. A leitura que faço é de uma grande confusão (um batido de ideias e significados onde a religião é usada como “leite”).
A partir do meu entendimento, olho para a religião como uma forma de educar, incutir o treino das práticas que levam ao caminho espiritual. São rituais e doutrinas, infelizmente muitas vezes, dogmáticas e controladoras das sociedades. Mas percebo-as, pois o caminho espiritual requer isso: educação e treino.
Ao longo da história do homem, a dimensão espiritual, anda em volta de “conexão com” alguma entidade superior e “inspiração a partir de” algo ou alguém dito superior, sendo que as “inspirações” acontecem a partir de algo maior e inexplicável, ou as “conexões” com algo dito iluminado e criador. Mas a palavra espírito tem um outro significado, muito fácil de entender para os portugueses, pois foi aqui que se atribuiu significado ao termo. Acreditava-se que o espírito entrava no corpo do recém-nascido com a 1ª inspiração. Daí a ligação tão forte entre respiração e espiritualidade na prática do yoga. O controlo respiratório devolve uma autoconsciência, uma percepção de tempo e corpo, bem como, desse corpo no espaço ao longo do tempo. Supostamente será o que nos eleva, o que nos preenche e alimenta o tal espírito que ocupa este corpo.
Por outro lado há a inspiração, o que me inspira, o que me move!
Aqui, o ser humano tende a olhar para “cima” e a endeusar coisas ou pessoas, mistérios que não compreende ou acede. Eu tendo a olhar para dentro, a inspirar-me e procurar motivação no que compreendo ou tenho acesso, naquilo onde consigo “agir sobre” e “agir com”, nas 4 dimensões do meu corpo. Após esta aproximação a mim, sinto-me mais preparado e disponível para a conexão com os outros e com os contextos. E isso inspira-me!
Pedro Mendes
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