As verdadeiras heroínas

Fátima Lopes // Março 8, 2021
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As verdadeiras heroínas
As verdadeiras heroínas

As verdadeiras heroínas somos todas nós, mulheres. Cada uma na sua condição. Cada uma no seu desafio. Cada uma no seu caminho. Hoje, e principalmente com a chegada desta pandemia, as mulheres provaram uma vez mais a sua capacidade de ser multi-tasking e de congregar muitos papéis com eficiência.

Não estou a tirar mérito aos homens, mas sei, não só pela minha experiência porque vivo com os meus filhos, mas também pelos relatos de muitas colegas e amigas a viverem esta situação com os respectivos companheiros, que, efetivamente, houve uma grande sobrecarga de trabalho dentro de casa, maioritariamente para as mulheres. E estas heroínas, porque é assim que eu as vejo, conseguiram reorganizar-se, distribuir o tempo de outra forma, multiplicar o espaço dentro de casa, multiplicar o tempo, multiplicar as competências para conseguirem responder a tudo da melhor forma que podiam.

As verdadeiras heroínas somos todas nós mulheres.

Falharam muitas vezes? Com certeza que sim, são humanas. Ficaram muitas vezes aquém daquilo que elas próprias traçaram como objetivo? Tenho a certeza que sim. É expectável na condição humana. Foi-lhes apontado o dedo como não tendo feito as coisas de uma forma mais organizada ou tendo deixado para trás coisas que supostamente deveriam ser feitas? É bem provável que sim. Mas, isso em nada pode beliscar o facto de as mulheres, por norma, fazerem muitas coisas ao mesmo tempo e durante esta situação particular da pandemia, aprimoraram ainda mais esta capacidade.

E é curioso porque, devido a uma mentalidade machista, que ainda vai existindo, nalgumas profissões e funções, muitas vezes as mulheres são subvalorizadas  e não têm direito nem às mesmas oportunidades nem ao mesmo reconhecimento. Nomeadamente financeiro. Sim, é verdade, ainda vão existindo profissões em que isso acontece. E enquanto assim for, teremos de continuar a lutar pela merecida igualdade. 

É-nos imposto um grau de exigência elevadíssimo!

Atualmente, ainda temos num prato da balança a luta pela igualdade e no outro prato da balança uma sociedade que exige demasiado às mulheres. Ou seja, se por um lado nós queremos ser valorizadas como profissionais e reconhecidas na nossa competência e eficiência, por outro lado, é-nos exigido que sejamos cada vez melhores em todas as outras áreas da nossa vida. Temos de ser cada vez melhores mães, cada vez melhores mulheres, cada vez melhores amigas, cada vez melhores amantes, cada vez melhores filhas… E eu não vejo esta exigência ser feita aos homens. Só às mulheres. Às mulheres é realmente exigido tudo de uma forma muito evidente.

Dia Internacional da Mulher

Então,  neste Dia Internacional da Mulher, as minhas palavras são de reconhecimento e valorização de todas as mulheres e de homenagem a todas as heroínas que somos todas nós. 

Nota: Fotografia por Verónica Silva

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