Um destes dias recebi uma mensagem do meu querido Padre João Luís, com uma imagem que dizia: “Acho que as sete maravilhas do mundo são: ver, ouvir, tocar, provar, sentir, rir e amar”. Parei o que estava a fazer em ritmo frenético, para refletir no seu significado. É uma grande verdade. E é também uma grande urgência que consigamos olhar para o mundo deste modo.
Termos saúde é a maior bênção.
O termos saúde é a maior bênção que se pode pedir, porque há quem lute todos os dias por ela. O contarmos com cada um dos nossos sentidos, é uma riqueza imensa, que nenhum dinheiro consegue equivaler.
O privilégio de podermos ver, ouvir e tocar
Já pensaram no privilégio que é podermos ver o mundo, a natureza, os que amamos e nós próprios? E ouvir? Quem connosco fala, a música, os sons que permanentemente nos despertam e nos desafiam?
Já pensaram no quão valioso é o toque? Se calhar agora já percebemos melhor porque temos estado privados dele. Para mim, viver sem poder tocar nas pessoas, tem sido o desafio mais difícil destes tempos. Faz-me tão bem um abraço, um afago, um simples pegar na mão. E tenho muitas saudades de o fazer livremente.
A imensidão de experiências e sensações que vivemos a partir do provar
Já pensaram o quanto é bom podermos provar? A imensidão de experiências e sensações que vivemos a partir do provar.
E o sentir?
Quanto ao sentir, é tão vasto, que nem sei por onde começar para vos levar a refletir sobre ele. Não conseguir sentir é… não sei. Na verdade não consigo imaginar. Quando ouvimos que alguém está em estado vegetativo, tentamos imaginar essa vivência, o não sentir nada. É um passar pela vida, não é viver a vida, porque não sentimos.
O que é que vos faz rir?
E o valor do rir? Costumam rir muito? O que é que vos faz rir? Há pessoas que não sabem rir. Não aprenderam essa forma de expressar sentimentos. De tal forma que quando se distraem e esboçam um sorriso, sentem-se inseguras. O rir é vida, energia e luz. O rir é renascer, como se agitássemos diamantes cá dentro.
A maravilha que é amar na sua plenitude.
Por fim quero falar da maravilha que é amar. Amar na sua plenitude. Amar-nos primeiro a nós e depois aqueles que conquistam o nosso coração. Amar o planeta, a vida. Um coração que não ama é um coração morto. Uma vida sem amor é uma vida vazia. Amar e ser amado de forma bonita é uma bênção. É algo que devemos agradecer todos os dias porque a vida ganha uma cor que nada nem ninguém consegue tirar.
Nota: Fotografias por Verónica Silva