Quem me dera que esta frase popular continue a concretizar-se.
Não é só por questões ambientais e essas já são suficientemente importantes, principalmente quando o inverno foi extremamente seco. Este ano devíamos fazer a dança da chuva para repôr a água que nos faz falta e sobrevivermos a mais um verão.
Confesso que a aproximação do verão me deixa sempre apreensiva por causa dos incêndios. Têm sido anos traumatizantes e por isso desejo sempre que chova bastante e na época certa, por causa da agricultura.
Mas este texto é também sobre a necessidade de limpar a alma e renová-la.
Abril, águas mil, ou seja, abril mês de reflexão para tirar da nossa vida o que está a mais, o que atrapalha o nosso percurso e impede a concretização dos nossos objectivos.
Se grande parte do nosso corpo é constituído por água, então é porque ela tem mesmo um enorme poder no nossa vida. Se imaginarmos que nessa água estão registados os nossos pensamentos e as nossas emoções, percebemos que temos de ser francamente mais selectivos e exigentes para que fique gravado maioritariamente o que nos faz bem.
Encare este mês como se fosse uma cascata, cuja água vai descendo, limpando a sua alma, renovando o seu espírito e trazendo o renascimento que tanto deseja.
Nota: Fotografia por Verónica Silva.