A tua luz ilumina ou apaga o teu filho?

Bárbara Ramos Dias // Novembro 1, 2021
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Todos temos a nossa luz própria e cabe-nos a nós ter a coragem de a acender ou a manter apagada. Há decisões desafiantes na vida que nos dão luz ou que nos apagam. Consequentemente, e como espelho, apagamos ou iluminamos os nossos filhos.

Não sou super mulher, antes pelo contrário, tenho imensos defeitos, como todos nós. Erro e vou aprendendo com esses mesmos erros. E, durante alguns anos senti-me apagada, perdida, sem luz, sem brilho, sem vontade de rir e até de viver. Cheguei a acreditar que nunca mais iria conseguir recuperar a dita luz que todos dizem ver em mim. Até que a minha filosofia de vida passou a ser: “Só faço os meus filhos felizes quando eu estou feliz, quando eu estou iluminada, quando sinto essa luz”.

Permite ser tal e qual como és. 

Na minha opinião, a paz interior dá-te brilho. Por isso, permite que ela entre na tua vida. Dança, brinca, lê, contata a natureza, faz desporto. Tens luz quando te permites ser tu próprio, quando falas sem medo do que os outros vão pensar, quando ris às gargalhadas até te doer a barriga. 

Ter brilho é amar sem medo.

É saber agradecer. É quando saboreias cada momento sem julgamento. É aproveitar o não fazer nada. É libertar máscaras sem necessidade de agradar. É ser simples. É ajudar sem esperar nada em troca. E, muito importante, lembra-te que as pessoas tóxicas apagam a tua luz, por isso afasta-as.

Diz-se muito que as crianças não aprendem com o que nós, adultos, dizemos, mas, sim, com o que fazemos. Mas, há ainda quem diga mais, que os nossos filhos aprendem através da percepção que têm da forma como nos veem a acreditar e a vivenciar as coisas e o mundo.

Permite que a paz interior entre na tua vida e te ilumine. 

Quando estás em paz, educas pela paz, dás valores às crianças baseados na empatia, alegria, ajuda ao próximo, na resiliência, na capacidade para conseguir ultrapassar os desafios. Sim porque todos temos problemas na vida, cabe-nos escolher se queremos ficar no papel de vítima e culpar o mundo, ou queremos ser vencedores e arranjar diversas soluções, assumindo, assim, a nossa parte no processo.

O amor dá luz. 

Refiro-me principalmente ao amor-próprio, não o que esperamos que o outro nos dê. A vida é tão mais bonita com paz e amor, e é isso que nos dá luz. Acredita que os teus filhos sentem se estás triste ou feliz, se tens luz ou sombra, e, como espelho, vão reproduzir isso para as suas vidas. Por exemplo: se nós chegamos a casa todos os dias a gritar, a dizer que estamos cansados e sem paciência, então eles vão acreditar que trabalhar é um sacrifício e uma tristeza. Então, preferes ter razão ou paz no coração?

Mais amor-próprio, por favor! Ou não é isso que queres passar aos teus filhos?

O nosso cérebro é elástico. Está na hora de aprender a ver a luz em vez de olhar sempre para a sombra, para o negativo, para o “vai-se andando”. Sei que é difícil quebrar padrões e ver positivo no que sempre vimos como negativo. Não é de um dia para o outro, mas com treino, quando se torna hábito, passa a ser necessário e de vontade. Lembra-te: nós somos a soma das nossas experiências, cabe a ti escolhê-las.

Como escolhes viver: com luz ou sem luz? 

Reflete sobre as seguintes questões: O que te dá luz? O que te ilumina quando te vês ao espelho? Descobre a tua alegria interior, a tua alegria de viver. 

Sejamos transparentes com os nossos filhos, quando nós estamos bem, eles estão bem. Quando estamos mal, eles estão mal. Não há bons e maus pais, não existem culpas. Mas, acreditem… 

Pais positivos educam filhos bem sucedidos.

É um trabalho em equipa manteres a tua luz acesa e a do teu filho. Por isso, é importante que te perguntes: 

  • O que te faz sentir feliz? 
  • O que acende essa luz? 
  • O que podes fazer para elogiar o teu filho em vez de o criticares? 
  • O que podes fazer para não passares o dia a gritar? 
  • Como lhe podes dar responsabilidade? 
  • Como podes aprender a respeitar as suas opiniões? 
  • O que o faz feliz?
  • O que o faz sorrir? 

E tudo isto é luz!

Lembra-te, estamos sempre a aprender, ter medo da mudança é ficar para trás.

Leva deste artigo só aquilo que te fizer sentido, não há receitas mágicas.

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