Hoje é Dia da Grávida e apeteceu-me escrever sobre a magia da gravidez. Não há duas gravidezes iguais e cada mulher tem uma forma muito própria de viver aqueles meses.
Viver a gravidez de forma equilibrada, positiva e feliz.
Uma coisa que aconselho sempre às mulheres que querem engravidar ou que já estão grávidas, é que não oiçam relatos de quem teve experiências negativas. Sem nos apercebermos, pode influenciar-nos. Sofrer por antecipação não traz saúde a ninguém. Gera stress, medos, ansiedade e tudo isso perturba um estado que se quer equilibrado, positivo e feliz. Está provado que os bebés sentem o que se passa com as mães, por isso se pudermos poupar os nossos filhotes a estas angústias decorrentes das experiências e vivências dos outros, será o ideal.
As minhas duas experiências:
Vou partilhar convosco como foram as minhas gravidezes, porque foquei-me só nas memórias boas.
. Primeira gravidez
Tinha 29 anos quando engravidei da Beatriz. Foi uma gravidez planeada e muito desejada pelos dois.
Nos primeiros três meses comi pouquíssimo. Qualquer alimento, mesmo ingerido em pequenas quantidades, me saciava. À parte isso, estava bem disposta, enérgica e assim me mantive até ao final da gravidez.
Do quarto mês para a frente, recuperei o apetite. Nunca tive desejos estranhos, mas havia alimentos que me sabiam especialmente bem. Quase nenhum deles era saudável, como por exemplo rissóis e salsichas de lata. Ainda hoje adoro e a minha filha também. Evitamos, porque procuramos fazer uma alimentação equilibrada, mas a verdade é que continuamos as duas a gostar muito.
Fiz hidroginástica para grávidas e reflexologia para ajudar o meu corpo a manter-se equilibrado. Nessa altura já a meditação fazia parte da minha vida e meditei muito. É bom para as mães e para os bebés.
Durante toda a gravidez gravei o programa “Fátima Lopes” e trabalhei até 3 dias antes do parto. Tive de deixar programas em stock até ao meu regresso. Já a Beatriz tinha nascido e eu ainda estava grávida no ecrã. Foi um parto santo, no Hospital Santa Maria, com uma equipa espectacular. A minha filha nasceu muito saudável, graças a Deus.
. Segunda gravidez
A gravidez do Filipe, 9 anos depois, foi igualmente desejada. Precisei de fazer tratamentos para engravidar e quando o meu filho nasceu decidi partilhar esta situação, publicamente. A dificuldade em engravidar gera muito stress, como os casais que estão a viver ou já viveram esta situação, sabem. O tempo passa, o sonho não se realiza e nós, mulheres, sentimos o peso da idade a avançar, algo que os homens não têm de enfrentar.
A notícia de que estava grávida chegou em Junho, tinha eu acabado de completar 39 anos. Foi uma alegria indescritível. Apetecia-me gritar aos sete ventos, a boa nova, mas entendemos que era mais prudente esperar passar o primeiro trimestre. A barriga começou imediatamente a crescer e ao fim de 3 meses era evidente que estava grávida.
A alimentação não foi apreciada no primeiro trimestre, tal como aconteceu com a Beatriz, mas a seguir voltámos a fazer as pazes. Às vezes à noite, antes de dormir, apetecia-me leite com chocolate e torradas com manteiga e fiambre. Tudo coisas que até aí não comia. Coisas de grávida.
A barriga cresceu muito na gravidez do meu Filipe, mas eu sentia-me linda. Adorava olhar para o meu perfil. Ficava fascinada com os movimentos acelerados do meu filho, dentro da barriga. Era já um sinal de que vinha aí alguém com muita energia e vivacidade. E, assim é até hoje.
O Pilates permitiu manter-me ágil e não fossem as noites mal dormidas, eu diria que tudo foi perfeito.
O Filipe nasceu no Hospital da Luz, pela mão da minha obstetra de sempre, a Dra Manuela Costa. Nasceu tão rápido, que custou a acreditar, e chorou com garra.
Adorei estar grávida.
Vivi aqueles nove meses numa bolha, profundamente apaixonada pelos meus filhos e grata por poder ser mãe. E, por mais anos que passem, por mais experiências bonitas que viva, nenhuma se equipara ao momento em que os meus filhos nasceram. Foi e será sempre algo transcendente.