A importância das tradições familiares no Natal

Cláudia Morais // Dezembro 9, 2018
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Se há algo que o Natal tem de especial é a oportunidade de criar memórias felizes em família. Nesta altura do ano colocamos em prática as tradições mais antigas, recordamos histórias de família e esforçamo-nos para que os mais novos celebrem a data com todo o calor humano que esperamos que um dia transmitam a outras gerações. Fazemo-lo sempre com o propósito de fortalecer os laços que nos unem às pessoas mais importantes da nossa vida.

O que são rituais de família?

Quando duas pessoas que se amam começam a pensar em formar a sua própria família, vão-se confrontando com a bagagem que cada uma traz e que a liga à respetiva família de origem: os hábitos (por exemplo: “Domingo é dia de almoçar fora”), as tradições (por exemplo, dar os parabéns à meia noite quando alguém faz anos) e os mitos (as histórias repetidas até à exaustão e que todos conhecem de cor). À medida que a relação se consolida, o casal vai construindo o seu próprio repertório de hábitos, tradições e mitos – importando alguns das respetivas famílias de origem e criando outros de raiz.

Qual a importância dos rituais em família?

Este conjunto de rituais é comprovadamente importante para o bem-estar e para a conexão das famílias. Na prática, quando novos e velhos se reúnem para repetir hábitos antigos, reviver histórias e rir em conjunto, estão a ajudar a desenvolver a identidade da sua família. E, há poucas coisas na vida tão gratificantes quanto a sensação de amparo e de pertença que estão associadas à possibilidade de dizermos frases do tipo: “Na nossa família…”.

O Natal e as tradições (de cada família).

O Natal é, provavelmente, a época do ano em que é mais fácil alimentar este sentimento de pertença. Precisamente por haver tradições que nos esforçamos por manter intactas, é relativamente fácil reunir à volta de uma mesa as pessoas mais importantes da nossa vida e sentirmo-nos gratos pela possibilidade de repetirmos memórias felizes.

Para muitas pessoas, as tradições começam a ser vividas várias semanas antes. Há quem monte a árvore de Natal impreterivelmente no primeiro dia de Dezembro, há quem instale o presépio com o cuidado de um cirurgião, há quem faça questão de elaborar os presentes de Natal pelas próprias mãos, há quem faça listas de presentes que são escolhidos de forma criteriosa com o objetivo de ir ao encontro dos gostos de cada um, há quem encomende o bacalhau xpto e por aí fora. Depois, no próprio dia as tradições multiplicam-se. Há famílias que acordam no dia 24 com músicas de Natal, há aqueles que todos os anos decidem comprar todos os presentes nesse dia, há quem passe o dia à volta dos tachos a preparar as melhores iguarias e, nos últimos anos, há até quem publique nas redes sociais a foto de família da praxe. As possibilidades são tantas.

Não adianta compararmo-nos com os outros. Cada família é única e isso é profundamente enriquecedor. O mais importante é mesmo aquilo que permitimos que aconteça quando olhamos para dentro e não para fora: quando partilhamos histórias, quando damos a conhecer a história da nossa família às crianças, aos genros e noras que chegam e aos amigos que se juntarem a nós neste dia. O mais gratificante são as gargalhadas que damos ao reviver os momentos insólitos, cómicos e até ridículos que, de ano para ano, se vão transformando em mitos e não a comparação com o Natal dos outros.

À medida que a família evolui, também é possível que algumas tradições tenham de ser atualizadas, adaptadas ou até substituídas por outras. E, está tudo bem. Somos mais felizes na medida em que permitamos que a mudança aconteça e vamos sempre a tempo de criar novas tradições. Basta que nos comprometamos.

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