A coragem para abraçar o nosso propósito de vida

Carla Rosa // Outubro 27, 2020
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propósito de vida
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Parabéns ao Simply Flow e a todos os que fazem parte deste projecto. Parabéns a ti, Fátima Lopes, por apostares na qualidade e na diferenciação. Esta é, sem dúvida, uma plataforma que faz a diferença na área da Saúde e do Bem-estar. E eu sinto uma grande alegria e gratidão por estar neste projecto desde o primeiro dia e ter acreditado nele. 

Nada acontece por acaso…

No Simply Flow o mês de Outubro é dedicado ao tema celebração e como nesta vida nada é por acaso, curiosamente também eu estou numa fase da vida de celebração. Celebro, finalmente, a união entre o meu trabalho de osteopata e o meu lado espiritual. E, por isso, acho que vale a pena partilhar convosco um pouco da minha história. 

O despertar do lado espiritual durante a infância

Desde pequena que tenho uma sensibilidade diferente, aos olhos de alguns. Comecei por ver e sentir coisas que não sabia explicar e, por isso, fugia delas. Evitava o silêncio, dançava muito, tentava não estar sozinha. Tudo coisas que me permitissem abstrair de pensar nesse meu lado “estranho”.

Enquanto fui miúda não falei disto a ninguém porque achava que “não era normal” e tinha receio que pensassem que não estava bem da cabeça. Estava fora de questão cultivar o lado espiritual ou deixar que tivesse expressão na minha vida, por isso pu-lo sempre de parte. 

À medida que fui crescendo e quando pensava que profissão queria ter, só percebia que queria lidar com pessoas, estar em contacto com elas. Até que a vida me empurrou para a fisioterapia e de uma maneira inesperada. Foi através de uma acção promocional que fiz num Health Club que me interessei pela Fisioterapia e rapidamente percebi que o meu caminho era esse.

Ter a intuição como bússola

Nesta minha caminhada de evolução pessoal e profissional sempre segui a minha intuição. Primeiro trabalhei por conta própria. Depois acabei por trabalhar numa clínica, onde tive um primeiro contacto com a Osteopatia. Fiquei fascinada e apaixonei-me por esta área. Perceber que, de forma manual, podemos fazer a diferença no corpo de uma pessoa é fantástico e foi, sem dúvida, o que me levou a tirar o curso de Osteopatia.

Se olhar para trás, o meu lado espiritual, as formações que fiz e os trabalhos que tive, conduziram-me ao momento de decisão em que me encontro agora. Engraçado verificar que foi o Universo que me foi mostrando qual o caminho a seguir e, por isso, sinto-me muito grata.

Como desenvolver a espiritualidade?

Tinha 22 anos quando comecei a investigar mais sobre espiritualidade. De facto, quando nos interessamos e procuramos saber mais sobre o tema, o nosso lado espiritual vai-se desenvolvendo cada vez mais. O mais fantástico é que simultaneamente na minha  vida vão aparecendo pessoas com a mesma sensibilidade, como se fosse uma confirmação de que este é o meu caminho.

Comecei a prestar mais atenção às pessoas e, mesmo sem dar por isso, comecei a sentir o seu estado de espírito. Comecei também a sentir a vibração dos sítios onde ía e com isso começaram a acontecer, com muito mais frequência, coisas sem explicação. Porém, nunca me senti assustada. Sempre respeitei bastante qualquer tipo de manifestação. Aliás, as manifestações fazem parte da minha vida e sou muito grata por isso. 

Os benefícios de estar conectada

Quando comecei a tratar pessoas na área da Osteopatia, havia alturas em que, mesmo sem os outros se aperceberem, eu sentia coisas ou algo se manifestava mesmo externamente. Aos poucos fui começando a lidar com estas experiências de forma natural porque consegui perceber porque tais coisas aconteciam comigo.

Até que houve um dia em que estava a tratar a minha melhor amiga e senti abertura para deixar este meu lado expressar-se. Comecei a sentir e a visualizar coisas que iam acontecer e coisas que ela precisava de saber. Quando a trato sinto o quanto a nossa ligação é forte. O facto de partilharmos a mesma fé ainda nos aproxima mais. O certo é que a partir desta experiência com a minha amiga, percebi que se estivesse mais conectada com a pessoa que estava a tratar, sentia-a mais. 

Ao princípio só o fazia com pessoas em quem tinha confiança e que viviam um lado espiritual. A essas deixava-me entregar ao que sentia e a informação fluía. Mesmo sem falar nada, as pessoas mais sensíveis percebiam que não era só o meu tratamento de Osteopatia que as fazia melhorar. Algumas até me diziam que se sentiam muito bem a outros níveis. Até que começaram a vir pessoas recomendadas por amigos e que me diziam logo para estar à vontade e dizer o que sentia. Hoje sei que só preciso de me deixar ir e conectar-me com a pessoa.

Uma paragem forçada, uma tomada de consciência

Esta época que estamos a viver, trouxe coisas menos boas, mas também coisas muito boas. Tal como tantas pessoas, vi-me isolada em casa, sem trabalhar porque o meu trabalho passa por tocar nas pessoas, estar próxima delas e isso era, exactamente, o que não podíamos fazer. Acabei por ficar só comigo mesma. E aí aconteceu uma coisa muito interessante. 

Não sentia vontade de estar em frente à televisão a ver séries ou qualquer outra coisa. Tudo isso me parecia uma perda de tempo. Optei por fazer caminhadas no meio da natureza e que me faziam sentir o coração cheio e repleto de energia. Comecei a fazer meditação, o que me permitiu ficar mais centrada em mim. Quando me apercebi, estava de frente para a minha própria vida e com tempo para a analisar e refletir. Senti que tinha uma vontade imensa de viver o meu lado espiritual, o lado que esteve sempre em espera e que nunca deixei que tivesse expressão na minha vida.

Não há coincidências!

Mais uma vez o Universo facilitou-me a vida pondo-me a ver um documentário que amei e que me deixou com vontade de ler o livro da mulher que o inspirava, Louise Hay. Como estávamos em altura de pandemia, não consegui comprar o livro. Fui buscar um dos meus livros, decidida a não adiar mais a vivência da minha espiritualidade. Quando me levanto e olho para debaixo da minha mesa, reparo num livro que estava escondido atrás dos outros e não sei porquê, peguei nele. Qual não é o meu espanto quando vejo que é um livro da tal senhora que tinha inspirado o documentário . Tinha-o em casa e nem sabia!

A união entre a Osteopatia e a Espiritualidade

A partir desse dia, tudo se tornou muito claro e as informações passaram a vir ter comigo mesmo sem contar com elas. Refleti sobre o que queria fazer com o meu lado espiritual. Perguntei-me se iria deixar novamente este lado só para meia dúzia de pessoas, com quem sentisse confiança ou se, de uma vez por todas, ia casar a Espiritualidade com a Osteopatia e fazer ainda com mais alma aquilo que me apaixona. A resposta foi: “Avança sem medo. Não há razão para que o medo continue a condicionar as tuas escolhas”. E eu decidi finalmente abraçar as duas coisas.

A coragem de abraçar o nosso propósito, a nossa missão

Sinto hoje que sou melhor terapeuta e não é o ego a falar. Hoje, ao olhar para as pessoas sinto-as de verdade. Sei o que hoje as minhas mãos fazem, o que as minhas palavras conseguem e que antes não conseguiam. Isto só é possível porque a espiritualidade está finalmente de mãos dadas com a Osteopatia. E esta é uma união mesmo necessária porque hoje sabemos que por vezes as dores físicas têm origem na alma. 

Hoje sou uma mulher grata e cheia de razões para celebrar a vida. 

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