Sempre me lembro de fazer uma lista de desejos ou objetivos para o ano novo. Aprendi com a minha querida Christiane Águas, a minha primeira mentora de desenvolvimento pessoal, que cumprir esta tarefa ajuda-nos a organizar a nossa cabeça e as nossas emoções. Posso confirmar a sua utilidade e capacidade de nos orientar. Não sei porquê, mas este ano não me apetece escrever essa lista.
Apetece-me simplesmente deixar fluir. Simply flow.
É óbvio que tenho objectivos, alguns já com anos de espera, que sei que me vou lembrar deles com frequência e fazer tudo para os concretizar. A minha mente não parou e o meu coração não deixou de sentir ou sonhar, por não escrever a lista. Aliás, se de repente alguém me perguntasse, “então e tu que desejas para 2023?”, tenho a certeza de que teria a resposta na ponta da língua. No fundo o que desta vez não me apetece é escrever. Vá lá saber-se porquê.
Como se isso desse mais liberdade ao Criador para me surpreender no dia a dia.
Como se eu Lhe dissesse: “Agora és livre de me levar pelos caminhos mais inesperados e de me fazeres viver aquilo com que nunca me atrevi sequer a sonhar”. O que não faz sentido porque Deus, ou o Universo para aqueles que não acreditam na sua existência, já me conduz pelos caminhos que Ele entende que eu devo de ir.
2023 será o que tiver de ser.
Uma coisa eu sei e não preciso de a escrever. Será um ano onde procurarei ser ainda mais fiel aos meus princípios e valores, estar o mais possível com aqueles que amo e não abrir mão da minha felicidade. Tenho dito.
Nota: Fotografia por Verónica Silva