Endometriose e alimentação – Parte 1

Maria Santana Lopes // Janeiro 13, 2017
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Endometriose, tema pouco falado e pouco estudado para algo que se fosse divulgado poderia ajudar tanta gente, já que 10% das mulheres têm Endometriose.

O endométrio é a parte do revestimento interno do útero, que todos os meses fica mais espesso para que um óvulo fecundado se possa implantar. Quando não ocorre a gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Mas nalguns casos, há algum sangue que migra no lado oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão – endometriose.

A alimentação desempenha um papel muito importante nas pacientes com Endometriose. Vários estudos mostram a redução da sintomatologia quando é feita uma alimentação adequada. No entanto, a alimentação não é nem a causa nem a cura para esta patologia.

A mudança de hábitos alimentares necessária para a melhoria dos sintomas, deve ser feita de forma gradual, como qualquer mudança de hábitos e costumes. A alteração não é igual de mulher para mulher, porque cada paciente pode reagir de maneira diferente a cada alimento.

As melhorias exigem tempo porque é preciso haver um processo de “limpeza” do organismo, mas com uma dieta anti-inflamatória que evite certos alimentos que despoletam os sintomas. A verdade é que a maioria das pacientes irá concluir que existem melhorias na qualidade de vida.

As nossas escolhas alimentares, podem aumentar ou diminuir a inflamação e todos os sintomas associados. O que nos dá controlo sobre a nossa saúde. Portanto a ideia é eliminar alimentos inflamatórios que aumentam a dor e a probabilidade de várias doenças inflamatórias.

E que alimentos são esses? São alimentos processados, refinados, refeições pré-preparadas, snacks, refrigerantes, carnes fritas, carnes fumadas e processadas, cereais ricos em açúcar, pastelarias, açúcar, farinha branca, adoçantes artificiais e gorduras saturadas. Todos eles contribuem para uma sobrecarga tóxica no nosso organismo. Evitar estes alimentos e preferir alimentos frescos e não processados vai ser fundamental para ter uma dieta anti-inflamatória.

Estudos recentes mostram que 75% das pacientes com Endometriose, reduziram os níveis de dor seguindo uma dieta sem glúten. Trata-se de uma proteína difícil de digerir, levando a que várias pessoas tenham sintomas ao nível digestivo, como inchaço abdominal e aumento dos níveis de dor. Há pessoas que apenas não toleram trigo mas toleram os outros cereais que contem glúten como o centeio e cevada.

*Continuarei a falar sobre este tema no próximo post.

Maria Santana Lopes

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