A magia de ser madrinha

Fátima Lopes // Abril 26, 2018
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Quando nasci fui ensinada que a madrinha era alguém com suprema importância na minha vida. Se algo acontecesse à minha mãe, seria ela que à partida assumiria o papel de referência feminina. Graças a Deus continuo a contar com a companhia da minha mãe, mas enquanto a minha madrinha foi viva, partilhou todos os momentos importantes da minha vida. Foi ela a minha madrinha do primeiro casamento e recordo a sua emoção quando me viu com o vestido de noiva.

Ser madrinha

Sempre achei que ser madrinha acarretava uma enorme responsabilidade e disponibilidade para acompanhar a vida de um afilhado(a). Mas, desejava muito que isso acontecesse.

Quando nasceu a minha sobrinha Margarida, filha da minha irmã, apaixonei-me imediatamente por ela. Era o primeiro bebé que eu acompanhava de perto. Na altura, eu ainda não tinha filhos e a Margarida possibilitou-me a descoberta de um mundo novo. Apesar da minha irmã morar bastante longe, passei a visitá-la com muito mais regularidade. Não queria perder nenhum momento, nenhuma fase, do seu crescimento. Foi a primeira bebé a quem mudei as fraldas, dei o biberão e o banho. Tudo isso me enchia a alma.

A Margarida despertou em mim a vontade de ser mãe. E, quando a minha irmã e o meu cunhado me convidaram para ser madrinha, fiquei profundamente emocionada. Era tudo o que eu queria. Oficializar aquilo que eu já sentia no meu coração: um imenso amor e vontade de fazer tudo para que ela fosse feliz.

Hoje ela tem 19 anos e, graças a Deus, tenho estado sempre ao lado da minha afilhada. Criámos por isso uma relação muito forte. Comigo e com os primos. É uma mulher, bem formadora, com valores, princípios, cabeça arrumada e sabe o que quer da vida. Tenho muito orgulho na minha afilhada.

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19 anos depois…

Quando menos esperava, a vida coloca-me de novo o desafio de ser madrinha. É público que eu e o Francis Obikwelu somos grandes amigos há 12 ou 13 anos. Ele costuma brincar dizendo que em Portugal sou um pouco sua mãe. Isto porque a sua mãe biológica quando me conheceu, decidiu entregar-me esta responsabilidade. Gosto muito do Francis pela pessoa que é. Tão puro, que faz confusão. Acha que toda a gente tem um coração nobre como o dele. Os meus filhos adoram-no, até porque tem uma óptima energia e sentido de humor.

Escusado será dizer que quando me apresentou a mulher que conquistou o seu coração, fiquei feliz. Mais tarde a notícia de que iam ser pais, deixou-me delirante. Para mim era a chegada de mais um sobrinho. Quando decidiram escolher-me para madrinha, senti uma enorme alegria e emoção. Agora era um menino.

Um desafio diferente, mas acolhido com muito amor.

O meu Christian nasceu no dia 8 de Janeiro deste ano. É um bebé tranquilo, mas apesar de ser ainda tão pequenino, palra muito. Dá imensas gargalhadas quando brincamos com ele e não há nada que me deixe mais feliz do que sentir a alegria de quem amo. Adormecer no meu peito é o melhor que me pode dar. E, o nosso caminho ainda só agora começou.

Sei que vou amar e cuidar dos meus afilhados, como só uma madrinha de verdade consegue fazer. Porque os quero muito.

À Margarida e ao Christian

 

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